Um estudo da Sociedade Portuguesa de Farmacêuticos dos Cuidados de Saúde (SPFCS) analisou os Mestrados Integrados em Ciências Farmacêuticas (MICF) das três principais faculdades públicas – Coimbra, Lisboa e Porto – e concluiu que os planos de estudo permanecem praticamente inalterados há mais de uma década, apesar da rápida evolução da profissão.
A investigação, baseada na análise documental dos planos de estudo e na avaliação das unidades curriculares obrigatórias por farmacêuticos especializados, revela alterações pontuais concentradas sobretudo no quinto ano do MICF, sem impacto relevante na estrutura global dos cursos.
O estudo alerta ainda para a falta de centralidade do medicamento nos currículos, abordado de forma fragmentada, e para a sub-representação de áreas emergentes como Farmacogenómica, Farmácia Clínica, avaliação de tecnologias de saúde e regulação do medicamento, o que compromete a preparação dos futuros profissionais para os desafios reais da prática farmacêutica.